quarta-feira, agosto 5

40 chicotadas

Imagine estar ao sul do Sudão, local de maioria cristã, em um restaurante com outras mulheres, para o almoço.

Irrompe para dentro de sua vida uma patrulha ideológico-religiosa islâmica que declara a todos que todas infringem leis sagradas, sociais, humanas, masculinas. Vestem calças.

Veja 10 mulheres aceitarem o açoite público de 10 chibatadas, para terminar logo aquilo.

Lubna Ahmed al-Hussein pensa que se isso ocorre ali, o que será de suas irmãs em Darfur. Recusa-se.

É uma jornalista com cargo na ONU e clama atenção, que se cubram de vergonha os algozes, que lhes apontem dedos e que os sábios falem sobre o sagrado.

"Chicotadas não significam dor, chicotadas são um insulto aos humanos, mulheres e religiões".

Da estirpe dos corajosos, a moça.

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